Jundiaí é uma cidade com rico patrimônio histórico que é muitas vezes desconhecido por seus habitantes. Podem haver vários motivos para isso, um deles é a falta de interesse ou o simples desconhecimento.
É muito importante valorizar a cultura e a história local e como um incentivo que mais jundiaienses e visitantes conheçam essa história, reunimos aqui alguns dos pontos históricos e culturais de Jundiaí.
Teatro Polytheama
É um dos mais antigos e tradicionais teatros brasileiros, sendo inaugurado em 1911. O nome Polytheama tem origem na palavra grega polietama que significa "muitos espetáculos" e em sua história o teatro serviu mesmo para diversos tipos de eventos, desde peças teatrais, concertos musicais, circo, cinema e mais. Essa pluralidade é típica de teatros populares do início do séc. XX.
Com capacidade para mais e 1200 pessoas, é um dos maiores teatros do estado de São Paulo, mas já chegou a ter 2920 lugares em seu auge, em 1920, ainda mais que o Teatro Municipal de São Paulo.
Com uma história rica que inclui até um período como base militar durante a Revolução de 32, caiu em desuso e por consequência descaso a partir de 1950. Em 1986, os primeiros planos de restauro foram realizados por uma equipe que incluía Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e André Vainer. Infelizmente, só em 1996 é que o projeto foi executado pelo escritório Brasil Arquitetura.
Quem quiser conferir os espetáculos em cartaz pode visitar a Agenda Cultural (clique aqui para acessar) ou entrar em contato pelo telefone (11) 4586-2472.
Teatro Polytheama Rua Barão de Jundiaí, 176. Centro.
Solar do Barão
Seu nome oficial é Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, mas é muito conhecido pelos jundiaienses como Solar do Barão. Próximo à Igreja Matriz, no coração do centro da cidade, o antigo casarão foi a residência do Barão de Jundiaí, Antônio de Queiroz Telez.
A construção é de 1862 e recebeu até o Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz D. Tereza Cristina em 1876. Construído em estilo neorrococó, com 10 grandes janelas e uma porta em sua fachada, abriga em seu interior um pátio com várias árvores frutíferas. Todas as plantas conta com placa indicando nome científico e procedência, além disso alguns elementos originais do prédio de 1600 m2 estão preservados como esquadrias, vidros decorados e muros de taipa de pilão.
O prédio é tombado desde de 1970, a exibição do museu conta com peças retratando a história da cidade e sua população. O museu é aberto ao público para visitação de terça à sexta, das 10 às 17 horas e aos sábados, domingos e feriados das 9 às 16 horas.
Museu Histórico e Cultural de Jundiaí (Solar do Barão) Rua Barão de Jundiaí, 762, Centro Telefones: (11) 4521-6259 / 4586-8414
Pinacoteca Diogenes Duarte Paes
A Pinacoteca se encontra no antigo prédio da Biblioteca Municipal e recebe o nome de seu patrono Diógenes Duarte Paes, grande artista jundiaiense. Originalmente, foi construída em 1896 para o Grupo Escolar Siqueira Moraes, hoje o prédio abriga mais de 400 obras, que vão de quadros à esculturas de vários períodos.
Foi inaugurada em 2008 com a finalidade de realizar workshops, exposições, oficinas e mais. Está aberta para visitações e oferece programas educativos para estudantes, idosos e para a comunidade jundiaiense e é localizada muito próxima ao Teatro Polytheama.
Pinacoteca Diógenes Duarte Paes Rua Barão de Jundiaí, 109, Centro, Jundiaí – SP Telefone: (11) 4586-2326
Catedral Nossa Senhora do Desterro
A história da Catedral muitas vezes se mistura com a história da própria cidade. Construída como capela em 1651 e dedicada a Nossa Senhora do Desterro, originalmente era em estilo barroco com paredes de taipas de pilão (barro, pedras e treliças de madeira, assim como o Solar do Barão). Quatro anos após sua construção Jundiaí ganhou status de Vila. Com o passar dos anos e o crescimento da região, a população que era de portugueses, negros e índios dedicados ao cultivo de café começou a se transformar com a chegada de imigrantes italianos subsidiados pelo Governo imperial brasileiro.
Em 1886, a Igreja foi remodelado com projeto de Ramos de Azevedo, com estilo gótico italiano. Porém essa não foi a única mudança da igreja, que em 1921, por sugestão do Vigário Hygino de Campos, transformou seu interior retirando os forros e incluindo abóbadas que foram pintadas pelo italiano Arnaldo Mecozzi.
A Igreja possui um respeitável acervo de artes sacras, vitrais e um altar feito em mármore europeu. Em 1966 o Papa Paulo VI criou a Diocese de Jundiaí e se tornou uma Catedral.
Catedral Nossa Senhora do Desterro
Endereço: Praça Governador Pedro de Toledo, s/n – Centro Telefone: (11) 4586-0248 / 4521-2851
Complexo Fepasa
Ao final do séc. XIX, os grãos de café produzidos na região eram transportados para o Porto de Santos por trens. Em 1867, fundou-se a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, que visava expandir as estradas de ferro da região e atender sua produção cafeeira.
Em 1870 iniciou-se a construção ao estilo inglês, por construtores justamente da Inglaterra, financiados pelos cafeeiros de Jundiaí. O primeiro trem da Companhia começou a circular em 1872.
Hoje o Complexo abriga em seus mais de 110.000 m2 diversos órgãos de serviço público, entre eles o Poupatempo, a FATEC e o Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro que conta com 5.000 peças em seu acervo além de locomotivas históricas.
Complexo Fepasa Avenida União dos Ferroviários, 1760 – Centro Tel: (11) 4522-4727 De Terça a Sexta – 9h às 17h Sábados – 9h às 13h
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Esses são apenas alguns dos pontos históricos da cidade que qualquer cidadão pode visitar para entrar em contato com a história e cultura da região. Conte nos comentários qual seu preferido e qual pretende visitar.